O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, denunciou "atos de terrorismo doméstico" depois que protestos contra a morte de um homem negro desarmado por um policial branco geraram cenas de violência em todo o país e anunciou a mobilização de "milhares de soldados" para conter estes atos.
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Trump caminha da Casa Branca até igreja danificada em protestosTrump anuncia mobilização de milhares de soldados armados em WashingtonProtestos contra abuso policial e racismo continuam nos Estados UnidosDistúrbios nos EUA colocam a liderança de Trump em provaGeorge Floyd morreu por asfixia, conclui laudo encomendado pela famíliaTrump ameaça mobilizar Exército se distúrbios continuarem nos Estados UnidosEm meio a uma onda de manifestações contra o assassinato, há uma semana, em Minneapolis de George Floyd por Derek Chauvin, um policial branco, Trump anunciou a mobilização de milhares de soldados armados em Washington, depois dos distúrbios da noite de domingo, qualificando-os de uma "desonra".
Ele também pediu aos governadores que "mobilizem a Guarda Nacional em quantidade suficiente capaz de controlar as ruas".
"O que aconteceu na cidade ontem à noite é uma desonra absoluta", disse Trump.
"Estou enviando milhares e milhares de soldados fortemente armados, pessoal militar e agentes das forças de ordem", completou, explicando que deslocará os soldados para conter "os distúrbios, os saques, o vandalismo, os ataques e a destruição gratuita da propriedade"
Ao concluir sua fala nos jardins da Casa Branca, o presidente anunciou que iria a um lugar "muito, muito especial" e foi a pé da Casa Branca até a igreja Episcopal de Saint John, um edifício histórico próximo à sede do Executivo, chamada de "igreja dos presidentes", danificado na noite passada por um incêndio desatado durante os protestos antirracismo.
Esta explosão de protestos é a mais generalizada que os Estados Unidos veem desde 1968, quando várias cidades do país sofreram incêndios após o assassinato do líder negro símbolo da luta pelos direitos civis, Martin Luther King Jr.
Estes incidentes também são uma reminiscência da violência que sacudiu Los Angeles em 1992 por uma onda de revolta depois que quatro policiais foram absolvidos após espancarem brutalmente o motorista negro Rodney King.