A promotoria de Paris pediu o julgamento de 12 suspeitos de envolvimento no roubo à estrela Kim Kardashian, em 2016, na capital francesa.
As joias roubadas nunca foram encontradas, disseram fontes judiciais à AFP nesta quarta-feira (3).
Os juízes de instrução devem decidir se levam ou não os suspeitos ao tribunal criminal de Paris, o que não ocorreria antes de 2021.
Com o saque de cerca de 9 milhões de euros, o grupo, descrito pela polícia como uma gangue "à moda antiga", é suspeito de ter cometido o maior roubo a um indivíduo nos últimos 20 anos na França.
Na noite de 2 de outubro de 2016, cinco homens abordaram Kim Kardashian, então com 36 anos, em um hotel de luxo.
Dois ladrões a ameaçaram com uma arma na cabeça, antes de amarrá-la, amordaçá-la e trancá-la no banheiro.
Os assaltantes levaram joias de diamante e ouro, incluindo uma pedra de 18,88 quilates, avaliada em quase quatro milhões de euros.
O suposto líder do grupo, Aomar Aït Khedache, conhecido como "Omar, o Velho", disse aos investigadores que deu o diamante a uma pessoa cuja identidade ele não revelou e que derreteu as peças de ouro.
A promotoria de Paris pede que os cinco supostos ladrões, livres sob controle judicial, sejam julgados por "roubo em organização criminosa com uso de arma", "sequestro" e "organização criminosa", considerando os reincidências, segundo a fonte judicial.
Também pede o julgamento de Marceau Baum-Gartner, suspeito de ser o receptor, por viajar oito vezes em dois meses para Antuérpia, paraíso das joias, duas delas, acompanhado por "Omar, o Velho".
Outras três pessoas próximas a "Omar el Viejo" podem ser julgadas: seu filho, suspeito de ter sido motorista, sua companheira e um de seus amigos, ambos acusados de participação na organização do crime.
O pai de um dos ladrões pode ser julgado por posse ilegal de armas e outros dois sujeitos por fornecerem informações ao grupo.