Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan mostrou preocupação com o quadro das Américas Central e do Sul na pandemia de novo coronavírus. "Neste momento, a epidemia na América Central e do Sul é a mais complexa de todas as situações que enfrentamos globalmente", disse ele nesta segunda-feira, 8, durante entrevista coletiva. Ryan recomendou que o mundo "trabalhe e vá ajudar os países da região" a lidar com o "grande impacto" do problema, citando que há "aceleração de casos na maioria dos países do México ao Chile".
Ryan pediu "forte liderança dos governos na América Latina para lidar com a pandemia e também "solidariedade" entre as nações. "Não é apenas um país, são muitos países enfrentando epidemias muito severas", afirmou. "O que vimos na Europa e na América do Norte nos sistemas de saúde...agora há pressão por leitos e nem todos os países (das Américas Central e do Sul) conseguem lidar com a doença, por diferentes razões", alertou ainda.
Líder da resposta da OMS à pandemia e também presente na coletiva, Maria Van Kerkhove disse que a situação nos países da região é de fato similar ao de muitos países várias semanas ou meses atrás. Diante disso, ela insistiu em uma abordagem abrangente, "com toda a população engajada" para proteger de uma infecção a si mesmo, sua família e outras pessoas.
Além disso, insistiu na necessidade de realizar testes, rastrear contatos dos doentes, que os doentes confirmados e suspeitos façam quarentena e que os mais graves recebam tratamento adequado. "Temos de nos lembrar que essas intervenções funcionam. Não apenas uma delas, mas seu conjunto", ressaltou.
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