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Estado de Minas SINTOMAS

OMS: nem todos os contaminados têm febre e é preciso cuidado nas reuniões

Líder da resposta da organização ao coronavírus, Maria Van Kerkhove reforçou o risco da flexibilização: 'É importante que casos suspeitos fiquem em casa e contatem agentes de saúde'


postado em 15/06/2020 14:37 / atualizado em 15/06/2020 15:16

A líder da resposta da OMS à pandemia de coronavírus, Maria Van Kerkhove(foto: CHRISTOPHER BLACK/AFP )
A líder da resposta da OMS à pandemia de coronavírus, Maria Van Kerkhove (foto: CHRISTOPHER BLACK/AFP )
Líder da resposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) à pandemia de coronavírus, Maria Van Kerkhove lembrou que nem todas as pessoas com a COVID-19 apresentam febre. Ela foi questionada sobre o assunto durante entrevista coletiva da entidade e disse que há um pacote de medidas possíveis para monitorar os possíveis casos da doença.

Kerkhove disse que, a partir das pesquisas já realizadas, sabe-se que grande parcela da população mundial ainda é suscetível ao novo coronavírus. Nesse contexto, ela sugeriu que todos os países estejam preparados para o risco de se tornar epicentros da doença, citando novos focos recentes de casos em Cingapura, Alemanha, Japão e outras nações. É preciso, disse, detectar rapidamente esses pacientes, cuidar deles, isolá-los e fazer o rastreamento apropriado de seus contatos.

"É importante que casos suspeitos fiquem em casa e contatem agentes de saúde", recomendou, pedindo que as pessoas continuem a seguir todas as medidas em vigor para conter a disseminação do vírus.

Reuniões em segurança

Kerkhove voltou a recomendar, durante entrevista coletiva, a adoção das medidas necessárias para evitar a transmissão do novo coronavírus em eventos públicos, como manifestações. A entidade tem comentado que, sem essas medidas, aumenta o potencial de contágio nessas aglomerações.

Também presente na coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi questionado sobre se os Estados Unidos continuam na entidade. "Os EUA ainda são membros da entidade", disse apenas, sem falar sobre as críticas recentes do presidente Donald Trump à OMS por sua suposta parcialidade a favor da China. Recentemente, Trump disse que estava cancelando a contribuição americana à entidade e que retiraria o país dela.

Já o diretor executivo da OMS, Michael Ryan, foi questionado sobre o fato de que os EUA revogaram nesta segunda, 15, a licença emergencial para o tratamento com hidroxicloroquina na COVID-19. Ryan disse que o grupo executivo do ensaio clínico Solidariedade está se reunindo nesta semana e, diante dos dados disponíveis, deve discutir a "utilidade de continuar com certos braços do estudo, baseado no que foi encontrado até agora". Ryan informou que na quarta-feira a entidade deve dar mais declarações sobre esse ensaio clínico.


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