A FDA (Food and Drug Administration), agência que controla a aprovação de medicamentos nos Estados Unidos, revogou a permissão de emergência para o tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com COVID-19. O documento foi publicado nesta segunda-feira (15) e leva o alerta de que o “medicamento apresenta muitos riscos, sem nenhum benefício aparente”. De acordo com a instituição "não é mais razoável acreditar que as formulações orais de hidroxicloroquina e de cloroquina possam ser eficazes".
O anúncio abrange a hidroxicloroquina e um composto relacionado, fosfato de cloroquina. "Nem é razoável acreditar que os fatores conhecidos e os potenciais benefícios desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais. Por conseguinte, a FDA revoga o uso emergencial de hidroxicloroquina e cloroquina nos EUA para tratar COVID-19", diz o documento.
A agência explica ainda que tomou a decisão com base em novas informações, obtidas atráves uma reavaliação do medicamento.
Entenda a polêmica da cloroquina
A hidroxicloroquina ganhou atenção como um potencial tratamento com COVID-19 em fevereiro, quando dois pequenos estudos sugeriram que ela poderia ser útil contra o vírus.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump incentivou seu uso, mesmo dizendo em maio que tomou o medicamento para prevenir o COVID-19, apesar de qualquer evidência de que ele funcionasse.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também é a favor do uso do medicamento. Horas depois da saída do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o governo federal incluiu o medicamento cloroquina entre itens essenciais no combate ao novo coronavírus, ao lado de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI), equipamentos de proteção, testes e vacinas contra a gripe.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também é a favor do uso do medicamento. Horas depois da saída do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o governo federal incluiu o medicamento cloroquina entre itens essenciais no combate ao novo coronavírus, ao lado de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI), equipamentos de proteção, testes e vacinas contra a gripe.
Pontos do documento:
- Estudos recentes apontam que não há diferença e eficiência no uso contra o Sars CoV-2;
- A agência diz acreditar que as dosagens para hidroxicloroquina não têm um efeito antiviral;
- Diretrizes médicas dos EUA não recomendam o tratamento com as substâncias e o NIH (Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos) não defende o uso fora de pesquisas clínicas.
* Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa
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