O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu ex-assessor de segurança nacional, John Bolton, deve pagar "um preço realmente alto" por divulgar informações sigilosas. Bolton afirma, em livro ainda não publicado, que Trump pediu à China ajuda para se reeleger nas eleições presidenciais deste ano, e diz que o líder americano é "surpreendentemente desinformado", entre outros pontos.
Trump disse na publicação concordar com o "fracassado" consultor político Steve Schmidt, que segundo ele afirmou que Bolton falhou em sua missão de proteger a América, e que não deveria ser autorizado a servir governos novamente. "Claro e simples, John Bolton, que estava totalmente liquidado até que eu o trouxe de volta e lhe dei uma chance, e que quebrou a lei por divulgar informação classificada (em quantidades massivas)", escreveu o presidente americano.
"Ele deve pagar um preço realmente alto por isso, assim como outros pagaram antes dele. Isso não deve acontecer novamente!", completou o republicano.
Neste sábado, um juiz federal decidiu que o ex-assessor pode publicar seu livro mesmo com os esforços de Trump para barrar o lançamento, sob alegações de que contém informações sigilosas do governo. A decisão do juiz Royce Lamberth é uma vitória a Bolton em um caso que envolve tanto a Primeira Emenda da Constituição dos EUA quanto preocupações de segurança nacional.
No entanto, o juiz também deixou claro que Bolton "jogou com a segurança nacional dos Estados Unidos" ao optar por não submeter o texto a um processo de revisão, que existe para evitar que oficiais do governo revelem informações sensíveis nas memórias que publicam.
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