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Estado de Minas

Grande peregrinação a Meca será permitida com 'número muito limitado' de fiéis


postado em 22/06/2020 20:25

A Arábia Saudita anunciou nesta segunda-feira (22) a manutenção, no fim de julho, da grande peregrinação muçulmana a Meca, um dos cinco pilares do islã, porém com um "número muito limitado" de fiéis, devido à pandemia do novo coronavírus, informou a agência de notícias oficial SPA.

Apenas as pessoas, de qualquer nacionalidade, "que se encontram dentro do reino" saudita poderão realizar o Hajj, segundo as medidas de precaução destinadas a conter a propagação do vírus, assinalou a agência.

A decisão é a primeira vez na história moderna da Arábia Saudita que os muçulmanos fora do reino serão excluídos do Hajj, que no ano passado atraiu 2,5 milhões de peregrinos.

As autoridades sauditas explicaram que a peregrinação estará aberta a várias nacionalidades que já estão na Arábia Saudita, mas não especificou o número.

"Decidiu-se celebrar a peregrinação este ano com um número muito limitado (...) com diferentes nacionalidades no reino", informou a agência oficial de notícias saudita.

"Esta decisão é tomada para garantir que o hajj se realize de forma segura de uma perspectiva de saúde pública (...) e de acordo com os ensinamentos do Islã", acrescentou.

Até agora, Riade havia mantido a dúvida envolvendo a peregrinação, uma das maiores concentrações religiosas do mundo, que atraiu 2,5 milhões de muçulmanos em 2019, segundo cifras do ministério a cargo da organização.

Na semana passada, após tomar medidas estritas de confinamento, a Arábia Saudita levantou o toque de recolher em vigor em todo o país. Ontem, as mesquitas de Meca reabriram.

O anúncio de manutenção do Hajj ocorre depois de o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Redros Adhanom Guebreyesus, advertir na segunda-feira que a pandemia "continua se acelerando" no mundo.

A Arábia Saudita é o país árabe do Golfo mais afetado pelo novo coronavírus. Autoridades documentam oficialmente 161.000 casos, com 1.307 mortos.


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