"Muitas pessoas estão sendo atendidas em Sucre (capital de Chuquisaca), outras estão em pleno tratamento e todas com excelente eficácia", disse o diretor regional de saúde, Enrique Leaño, apesar do aviso oficial para evitar o uso de dióxido de cloro, um poderoso agente oxidante usado como branqueador e desinfetante.
"No momento, estamos monitorando pacientes que recebem este tratamento", disse Leaño.
Chuquisaca registra 644 casos do total nacional de 32.125 infectados e 32 de 1.071 mortes. Embora o número seja baixo, há relatos de que seu sistema de saúde estaria prestes a entrar em colapso.
Um comitê científico que assessora o governo alertou na segunda-feira sobre os danos à saúde causados pelo dióxido de cloro, como insuficiência respiratória, doenças do sangue, pressão arterial baixa, insuficiência hepática, anemia, vômitos e diarreia.
Mas Leaño disse que espera que o Ministério da Saúde mude sua posição diante dos resultados obtidos em sua região.
"Temos certeza de que a necessidade da população fará o Ministério mudar de posição, porque não pode mantê-la sem apresentar uma solução para a população", disse ele.
Leaño anunciou ainda que a partir da próxima semana o serviço regional de saúde começará a distribuir dióxido de cloro e ivermectina (antiparasitário para animais) para tratar pacientes com COVID-19.
A ivermectina também está sendo usada na região amazônica de Beni (nordeste) contra o vírus.
"Vamos ter todos os 'kits' (medicamentos)na próxima semana", afirmou.
Diante da possibilidade de efeitos colaterais, Leaño respondeu que "sempre haverá riscos na tomada de decisões, se não enfrentarmos deixaremos a população sem possibilidades" de cura.
A Universidade Estadual Juan Misael Saracho, da região de Tarija (sul), anunciou que seus laboratórios químicos começarão a produzir dióxido de cloro para uso em hospitais locais.