Uma única aparição no cinema foi suficiente para ela ser indicada ao Oscar e agora Yalitza Aparicio recebeu nesta segunda-feira (30) um convite para integrar a Academia de Cinema dos Estados Unidos e votar nos ganhadores do prêmio mais importante da indústria.
A mexicana de 26 anos, que passou de uma tímida professora de pré-escola em um povoado indígena a atriz aclamada por "Roma", faz parte das 819 pessoas convidadas a se somarem a esta prestigiosa organização, que dobrou o número de mulheres que a integram e triplicou o número de integrantes não americanos.
Ela ainda deve aceitar, o que normalmente é uma formalidade.
Destacam-se entre as convidadas a cubana Ana de Armas, a futura 'Bond girl', e Eva Longoria, famosa por "Desperate Housewifes", mas também por sua luta pela representação latina na indústria do entretenimento.
Do total de convites enviados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, 45% foram para mulheres e 36% para minorias, segundo um comunicado. Quarenta e nove por cento dos convidados vêm de 68 países.
Foram chamadas atrizes como Awkwafina, ganhadora do Globo de Ouro pelo drama familiar sino-americano "The Farewell"; a estrela de "Coringa" Zazie Beetz; e Cynthia Erivo, única indicada não branca na última edição dos prêmios por "Harriet".
A ex-estrela infantil da Disney Zendaya ("Spider-Man: Longe de Casa") e Constance Wu, que ganhou elogios por sua atuação e "Os Golpistas" e "Podres de Ricos", receberam também convites.
"Sempre abraçamos um talento extraordinário que reflete a rica variedade da nossa comunidade cinematográfica mundial e agora mais do que nunca", disse o presidente da Academia, David Rubin.
A Academia tradicionalmente limitava o número de membros a 6.000, mas vem aumentando-o desde que assumiu o compromisso de diversificar quem vota no Oscar, após as convocações a boicotar os prêmios como uma furiosa reação aos #OscarsSoWhite (Oscars brancos demais).
Hoje, os integrantes se aproximam de 10.000, o que se acredita ter sido chave para a vitória do sul-coreano "Parasita" como a primeira produção em língua não inglesa a levar o prêmio de melhor filme.