As autoridades chinesas fizeram um alerta ao Canadá nesta segunda-feira (6), depois que Ottawa anunciou sanções devido à lei de segurança nacional aprovada para Hong Kong.
"A China condena firmemente (as sanções canadenses) e se reserva o direito de tomar medidas", declarou à imprensa um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian. "O Canadá sofrerá todas as consequências", disse.
As relações entre os dois países se degradaram severamente após a prisão no final de 2018 em Vancouver de uma importante diretiva da gigante chinesa de telecomunicações Huawei, seguida pela prisão de dois canadenses na China.
Na sexta-feira, o Canadá suspendeu seu tratado de extradição com Hong Kong para protestar contra a nova lei de segurança nacional promulgada pela China, assim como suas exportações de equipamentos militares considerados "sensíveis" a este território semiautônomo.
Para Zhao, essas decisões são "uma grave violação do direito internacional" e uma interferência nos assuntos chineses.
"A China pede ao Canadá que retifique imediatamente esses erros (...) para evitar uma maior degradação das relações bilaterais", disse.
Além disso, em um comunicado, a China pediu "prudência" de seus cidadãos que vivem no Canadá.
"Recentemente, o Canadá foi palco de frequentes incidentes violentos (...) e manifestações. (...) Os cidadãos chineses devem permanecer atentos à sua segurança e ser prudentes", disse um breve comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês, sem dar mais detalhes sobre os incidentes aos quais se referia.
Vários países pediram à China que recue com essa lei que afeta Hong Kong, temendo um grave retrocesso das liberdades nesta antiga colônia britânica.