O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 25% entre janeiro e junho, totalizando 3.069,61 km2, um recorde desde o início dos registros em 2015, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.
O desmatamento atingiu 1.034,4 km2 em junho, contra 934,81 km2 em junho de 2019, o que também representa um recorde para este mês, de acordo com dados de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Os alertas emitidos pelo sistema de satélites do INPE também mostram aumentos em todos os meses de 2020 na comparação com os números registrados ano passado, apesar da presença militar e da pressão internacional e empresarial para que o governo controle os danos ao meio ambiente.
A tendência provoca alarmes devido ao início da temporada de secas em junho. Em 2019, o desmatamento disparou em julho, a 2.255,33 km2 afetados na Amazônia.
A temporada seca também é o período de incêndios em áreas desmatadas, que este ano provocam uma preocupação dupla, tanto por seu impacto ambiental como pelo fato de que a fumaça geralmente provoca um aumento das doenças respiratórias, que este ano acontecerá em plena pandemia de coronavírus.
O presidente Jair Bolsonaro, questionado por defender a exploração comercial e a mineração na Amazônia, decretou em maio o envio de tropas à região.