Cerca de 10 milhões de crianças no mundo podem não voltar à escola após o confinamento pelas consequências econômicas do novo coronavírus, alertou a ONG britânica Save the Children.
Antes da pandemia, 258 milhões de crianças e adolescentes estavam fora do sistema educacional.
Segundo o informe, 1,6 bilhão de alunos tiveram que abandonar as aulas em escolas ou universidades por causa da pandemia.
"Pela primeira vez na história da humanidade, uma geração inteira de crianças viu seu ritmo escolar alterado", destacou a Save the Children em seu relatório.
A associação, que pede a governos e doadores ação para enfrentar o que chamou de "urgência educacional mundial", considera que até 9,7 milhões de alunos podem abandonar a escola para sempre até o fim do ano.
Sem estas ações, as desigualdades existentes hoje "vão aumentar entre ricos e pobres, e entre meninos e meninas", declarou em um comunicado Inger Ashing, diretora-geral da Save the Children.
Em 12 países, principalmente no centro e no oeste da África, assim como no Iêmen e no Afeganistão, as crianças enfrentam um "risco muito forte" de não voltar à escola após o confinamento, especialmente as meninas.