Um advogado antifeminista encontrado morto nesta segunda-feira (20) é o principal suspeito de ter matado o filho de uma juíza federal de origem hispânica em Nova Jersey e de ter baleado o marido dela, informaram autoridades.
O FBI identificou o advogado Roy Den Hollander como principal suspeito do tiroteio, ocorrido na tarde desse domingo, na residência da juíza Esther Salas em North Brunswick, Nova Jersey, informou a promotoria de Nova Jersey. "Den Hollander morreu. A investigação continua."
Segundo fontes policiais citadas pela imprensa local, Den Hollander suicidou-se. Ele foi encontrado morto em casa, no estado de Nova York, a cerca de 100 km do local do crime. A polícia estadual não comentou a informação.
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EUA: crianças negras tendem a morrer mais que as brancas após cirurgiasModelo israelense Bar Refaeli é condenada por sonegação de impostosCasos de Covid-19 aumentam em Los Angeles e crianças são afetadas por síndrome inflamatóriaO filho da juíza, Daniel Anderl, universitário de 20 anos, atendeu a porta de casa às 17h e levou um tiro no coração de um homem encapuzado, vestido como se fosse funcionário da FedEx, informou o prefeito de North Brunswick, Francis Womack – amigo de Esther Salas.
O marido da juíza, Mark Anderl, 63, advogado renomado, foi baleado e está internado em estado crítico, após passar por cirurgia, disse o prefeito. A juíza, 51, de origem cubana, estava em casa, mas não foi ferida, informou a imprensa local.
Contra o feminismo
Em seu site, Den Hollander se descreve como "um advogado antifeminista" e convoca os homens a "lutarem pelos seus direitos antes que os percam". Nos últimos anos, ele processou casas noturnas por oferecerem desconto apenas para as mulheres e a Universidade de Columbia por oferecer cursos sobre estudos femininos, segundo o jornal "New York Times".
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, enviou condolências à juíza e à família e disse que mobilizou "os recursos totais do FBI" para investigar o crime.
Quem é Esther Sales
Descendente de cubanos, Esther Salas foi a primeira juíza federal latino-americana do estado de Nova Jersey, nomeada juíza distrital em Newark pelo então presidente americano, Barack Obama, em 2010.
Na última quinta-feira, Esther foi designada para conduzir a ação coletiva contra o Deutsche Bank movida por investidores que compraram ações do banco entre 2017 e 2020. Segundo a ação, a instituição não monitorou o suficiente clientes considerados de alto risco. Entre eles, o falecido financista Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores. Epstein se suicidou na prisão há um ano.
Esther Salas condenou Teresa Giudice, uma das protagonistas da série de televisão "Real Housewives of New Jersey", a um ano de prisão por fraude, e seu marido, Giuseppe Giudice, a 41 meses de prisão. Em 2018, ela condenou o líder de gangue Farad Roland, do cartel South Side, de Newark, Nova Jersey, a 45 anos de prisão.