Jornal Estado de Minas

Bolsonaro testa positivo novamente para a COVID-19

O presidente Jair Bolsonaro continua com resultado positivo para o novo coronavírus, anunciou a presidência nesta quarta-feira (22), duas semanas depois do primeiro diagnóstico e do início do seu confinamento.

Bolsonaro "segue em boa evolução de saúde, sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República. O teste realizado pelo presidente no dia de ontem, 21, apresentou resultado positivo", informou o Palácio do Planalto em comunicado.



Viagens que estavam "no radar" do presidente para os próximos dias, como aos estados da Bahia e do Piauí, estão em suspenso no momento, segundo os assessores da Presidência informaram à AFP.

Depois de apresentar febre e um leve mal estar, em 7 de julho o presidente anunciou que havia sido diagnosticado com o novo coronavírus, e desde então cumpre sua agenda à distância no Palácio da Alvorada, a residência oficial em Brasília.

No último domingo, o presidente caminhou pelos jardins do local para encontrar dezenas de apoiadores, que o aplaudiram por cerca de 50 minutos do outro lado de um lago, a uma distância de mais de dois metros.

Para cumprimentar seus apoiadores, Bolsonaro levantou uma caixa de cloroquina, um medicamento que ele afirma estar tomando - junto a azitromicina - mesmo sem existir comprovações científicas de sua eficácia para o tratamento da COVID-19.

Ele também retirou a máscara ao falar, por alguns minutos.

O ex-capitão do Exército, que já descreveu o vírus como uma "gripezinha", tem recebido muitas críticas em relação a como lida com a pandemia, que no país já matou mais de 80.000 pessoas e registra mais de 2 milhões de casos

O país de 212 milhões de habitantes é o mais afetados pela pandemia na América Latina e o segundo no mundo.

Desde o início da pandemia, além de participar de eventos públicos sem máscara no meio da multidão, o presidente perdeu dois ministros da Saúde em meio a crise de saúde global, sendo crítico às medidas de isolamento social e promovendo o uso de cloroquina e do seu derivado, a hidroxicloroquina.

Ao contrário da opinião de muitos especialistas, o Ministério da Saúde brasileiro recomenda aos médicos a prescrição dessa medicação desde os estágios iniciais da doença.