Os novos surtos da COVID-19 em países europeus estão associados a um aumento no número de infecções entre os mais jovens. O alerta partiu de Hans Kluge, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa. “Temos recebido relatos de várias autoridades sanitárias de uma proporção mais alta de infecções entre jovens”, afirmou à Radio 4, da emissora britânica BBC. “Um número crescente de países está passando por surtos localizados e pelo ressurgimento de casos. É uma consequência da mudança do comportamento humano”, avaliou.
A OMS detectou uma maior incidência em pessoas da faixa etária entre 20 e 39 anos. Os governos da França e da Alemanha reportaram um maior número de jovens testando positivo para o Sars CoV-2, o novo coronavírus. O fenômeno coincide com o relaxamento das restrições em algumas nações e com o início da temporada de verão, que tem lotado praias francesas e britânicas. Para Kluge, o aumento de casos de COVID-19 entre os mais jovens é “barulhento o suficiente para repensar na melhor maneira de envolver os adolescentes”.
A OMS detectou uma maior incidência em pessoas da faixa etária entre 20 e 39 anos. Os governos da França e da Alemanha reportaram um maior número de jovens testando positivo para o Sars CoV-2, o novo coronavírus. O fenômeno coincide com o relaxamento das restrições em algumas nações e com o início da temporada de verão, que tem lotado praias francesas e britânicas. Para Kluge, o aumento de casos de COVID-19 entre os mais jovens é “barulhento o suficiente para repensar na melhor maneira de envolver os adolescentes”.
Professor de ciência política e cofundador do Observatório COVID-19 para as Américas da Universidade de Miami, Michael Touchton admitiu ao Correio que pessoas mais jovens têm se envolvido em comportamentos de alto risco. “Isso pode, facilmente, levar a COVID-19 para seus pais e avós. Algo especialmente assustador em países onde jovens tendem a viver em famílias de várias gerações, inclusive durante a época da universidade.
Tal condição se aplica à boa parte da Europa, Ásia e Américas do Sul e Central”, advertiu. De acordo com ele, os jovens vão a bares, restaurantes, festas e shows em taxas muito mais altas do que adultos. “Como resultado, estão contraindo a COVID-19 também com mais frequência, inclusive nos Estados Unidos. Isso não é surpreendente. Pessoas mais jovens são sistematicamente menos vulneráveis aos efeitos do Sars-CoV-2 e, portanto, menos cuidadosas em relação ao contato com pessoas infectadas, dispensando máscaras ou se expondo à doença”, disse.
Tal condição se aplica à boa parte da Europa, Ásia e Américas do Sul e Central”, advertiu. De acordo com ele, os jovens vão a bares, restaurantes, festas e shows em taxas muito mais altas do que adultos. “Como resultado, estão contraindo a COVID-19 também com mais frequência, inclusive nos Estados Unidos. Isso não é surpreendente. Pessoas mais jovens são sistematicamente menos vulneráveis aos efeitos do Sars-CoV-2 e, portanto, menos cuidadosas em relação ao contato com pessoas infectadas, dispensando máscaras ou se expondo à doença”, disse.
Por sua vez, Michael Head — pesquisador em saúde global pela Faculdade de Medicina da Universidade de Southampton (Reino Unido) — explicou que há um aumento de evidências da transmissão dentro das comunidades, predominantemente entre jovens e crianças. “É algo particularmente preocupante em países com grande número de casos, e isso inclui Brasil, Índia e Estados Unidos”, comentou à reportagem. Head alegou ser fundamental interromper a cadeia de transmissão entre os mais jovens, “menos gravemente afetados pela COVID-19 do que as gerações mais velhas”.
Para o especialista britânico, uma “tempestade perfeita” de fatores facilitou a pandemia. “O vírus, em si, é fácil de ser transmitido antes que a pessoa desenvolva os sintomas. Não existem vacina nem remédios realmente eficazes. Os testes de diagnóstico são essenciais, porém, mostram-se imperteitos — eles não detectam todos os casos, principalmente nos primeiros dias de infecção”, afirmou Head, antes de cobrar uma “liderança estável” dos políticos para um combate eficiente ao Sars-CoV-2. Ele entende que o declínio, de longo prazo, para zero caso da COVID-19 sempre verá saliências nos gráficos, dentro da tendência de queda. “Cabe aos países garantir que sejam apenas ‘picos’, não uma ‘segunda onda’”, aconselhou.
Touchton concorda que, apesar de muitas nações terem implementado lockdowns estritos, não investiram em rastreamento de contatos, à medida que aliviaram o isolamento social. “Nem todos os países exigem máscaras em locais públicos. Lockdowns funcionam a curto prazo, mas são soluções insustentáveis, a longo prazo, ante à necessidade de gerar renda. À medida que os países relaxam as regras, eles devem criar um sistema robusto para identificar os infectados, rastrear contatos para isolar os que foram expostos e exigir as máscaras.”
Mortalidade
Dados do Instituto de Estatísticas da França (INSEE) apontam aumento de 28% a 71% na mortalidade na Espanha, Itália, Bélgica e França entre março e abril — fenômeno atribuído à pandemia. Entre terça-feira e ontem, os espanhóis contabilizaram 1.153 casos de covid-19, o maior número desde 1º de maio. Até o fechamento desta edição, a Espanha acumulava 282.641 casos e 30.223 mortes. A França também registrou o maior número de infecções em 24 horas em mais de um mês: 1.392 casos entre terça-feira e ontem — no total, são 221.077 casos e 30.226 mortes.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
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Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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