A Comissão Europeia autorizou sob condições, nesta sexta-feira (31), a compra por parte do francês Alstom do braço de transportes da canadense Bombardier, o que permitirá a criação do número dois mundial ferroviário.
A nova companhia emprega cerca de 76.000 funcionários e soma um volume de negócios de 15,5 bilhões de euros (18,3 bilhões de dólares). Seu objetivo é competir com a chinesa CRRC, líder mundial do setor.
"Graças ao conjunto completo de medidas corretivas aportadas para resolver os problemas de concorrência nos setores de trens de alta velocidade e da sinalização das grandes linhas, a operação pôde ser examinada e autorizada rapidamente", afirmou a vice-presidente do Executivo europeu, Margrethe Vestager, citada em um comunicado.
O grupo francês notificou Bruxelas em meados de junho sobre o projeto de compra de seu concorrente Bombardier Transport por 6 bilhões de euros (7 bilhões de dólares).
A ameaça da competição chinesa já havia sido apontada como justificativa para a compra de Alstom pelo alemão Siemens, mas esta operação foi bloqueada em fevereiro de 2019 pela Comissão.
Bruxelas temia uma posição excessivamente dominante na Europa na sinalização ferroviária e nos trens de alta velocidade.
Com sede em Berlim, a Bombardier Transport registrou em 2019 um volume de negócios de 8,3 bilhões de dólares (7 bilhões de euros).