Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra um padre sendo atingido, nesta terça-feira (4/8), pelos escombros do teto da igreja durante a transmissão ao vivo de uma missa. O acidente aconteceu logo após as explosões que atingiram Beirute, a capital do Líbano.
Moment of #Beirut port explosion during a mass broadcasted online (due to covid-19 situation).
— Rayane Moussallem (@RioMoussallem) August 4, 2020
This is what Apocalypse looks like! pic.twitter.com/CUvZYSgsKi
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram a região portuária, deixando ao menos 75 mortos e 2.750 feridos, semeando o pânico e provocando uma imensa coluna de fumaça. A explosão, que abalou edifícios inteiros e quebrou vidros, foi sentida em várias partes da cidade e até em países vizinhos, como o Chipre.
A imagem foi divulgada pela jornalista Rayane Moussallem, da Agência France-Presse. A cerimônia estava sendo transmitida ao vivo, por causa da pandemia do novo coronavírus, e não havia fiéis no local.
No vídeo é possível escutar um barulho muito alto enquanto a igreja treme. Após esse momento, as luzes se apagam e o chão para de sacudir. Neste instante, as placas de metal do teto da igreja caem e o padre começa a correr, mas é atingido. Veja:
Ainda, segundo a jornalista, o padre passa bem.
Entenda
Segundo o jornal britânico The Guardian, o ministro da Saúde libanês informou que um navio com fogos de artifício explodiu no porto da capital, descartando as suspeitas de um ataque com foguete ou explosivos. Uma autoridade de segurança local disse que as explosões podem estar ligadas a "materiais explosivos" confiscados e armazenados em um armazém "por anos". O grupo Hezbollah negou qualquer participação nas explosões. O incidente ocorre em meio a uma grave crise econômica no país.
Nas redes sociais, moradores da capital libanesa relataram os impactos, falando em "prédios tremendo" e chegaram a comparar o episódio ao ataque com bomba atômica em Hiroshima, no Japão. Ao Correio, o cônsul honorário do Líbano em Goiás, Hanna Mtanios, definiu o momento como de “muitas incertezas". Segundo o Itamaraty, não há registro de brasileiros entre os mortos ou feridos.