O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu nesta segunda-feira a governos e cidadãos que façam todo o possível para eliminar a transmissão do coronavírus, que provocou quase 750.000 mortes no planeta.
"Esta semana se espera que alcancemos 20 milhões de casos registrados de COVID-19 e 750.000 mortos. Por trás das estatísticas há muita dor, sofrimento", declarou em uma entrevista coletiva on-line.
"Muitos de vocês estão de luto, este é um momento difícil para o mundo. Mas quero ser claro, há esperança e (...) nunca é tarde demais para reverter a epidemia. Mas para isso, os governantes devem mobilizar-se para atuar e os cidadãos devem adotar novas medidas", disse.
"Minha mensagem é clara: eliminar, eliminar, eliminar o vírus. Se eliminamos o vírus de maneira eficaz, podemos abrir as empresas com toda segurança", insistiu, ao citar vários países cujos esforços deram resultados.
"Alguns países da região do Mekong, a Nova Zelândia, Ruanda e muitos Estados insulares do Caribe e do Pacífico foram capazes de eliminar o vírus rapidamente", afirmou.
A Nova Zelândia, que superou no domingo a barreira de 100 dias sem nenhum contágio "é considerada um exemplo mundial".
Também elogiou "o progresso de Ruanda" devido, em suas palavras, a "uma combinação de liderança forte, cobertura de saúde universal, profissionais da saúde bem apoiados e comunicações claras em termos de saúde pública".
Também elogiou a ação rápida de alguns países europeus como a Grã-Bretanha, que reforçou o confinamento de zonas da Inglaterra, ou a França, que determinou o uso obrigatório de máscaras em espaços muito frequentados de Paris.