Bagdá anunciou nesta quinta-feira (13) que contatou os países fronteiriços e a Liga Árabe "para assumir uma posição unida que force a Turquia a retirar" suas tropas do Iraque, onde combatem o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, oposição curda na Turquia).
O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, anunciou que havia contatado os seus homólogos egípcios, jordanianos, sauditas e kuwaitianos, assim como o chefe da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit.
Hussein defendeu "significativos esforços árabes para evitar resultados perigosos (...) e para que se assuma uma posição unida que force a Turquia a retirar suas forças infiltradas no território iraquiano", acrescentou em um comunicado do ministério.
Uma tarefa difícil, dizem os especialistas, já que a Turquia teve uma dúzia de postos militares no Curdistão iraquiano por 25 anos. Uma posição que não quer perder, além de ter criado novos postos, segundo fontes curdas.
Na terça-feira, um drone turco matou dois oficiais iraquianos de alto escalão e um soldado, as primeiras baixas em suas fileiras na operação "Garra do Tigre" lançada em junho pela Turquia no Curdistão iraquiano.
Um alto comando do PKK também foi morto no bombardeio, anunciou a organização na quinta-feira, confirmando que o aparente alvo do drone era uma reunião entre os combatentes do Partido dos Trabalhadores Curdos e os guardas de fronteira iraquianos.
Bagdá convocou o embaixador turco pela terceira vez em dois meses na quarta-feira para protestar contra uma "agressão flagrante" e uma "violação de (sua) soberania".
Ancara, por sua vez, responde sem cessar que luta contra uma organização que considera "terrorista", como os Estados Unidos e a União Europeia.