O Facebook se juntou nesta sexta-feira (14) à batalha contra a Apple iniciada pelos criadores do jogo Fortnite, que lançou uma cruzada para que a empresa do iPhone deixe de cobrar uma grande comissão aos aplicativos que são distribuídos em sua loja.
A empresa de Mark Zuckerberg disse que a Apple se recusou a abrir mão de sua comissão sobre eventos transmitidos ao vivo na rede social que permitem às pessoas ganhar dinheiro durante a pandemia do novo coronavírus. Na quinta-feira, a Epic Games, responsável pelo popular jogo Fortnite, acusou a Apple de abusar de sua posição de monopólio.
O Facebook afirmou que não cobrará por eventos online que educadores, artistas ou outros usuários organizem por meio de um novo recurso da plataforma, mas que a Apple se recusou a deixar de receber sua comissão.
"Pedimos à Apple que reduzisse seu imposto na App Store em 30% ou nos permitisse oferecer o Facebook Pay para que pudéssemos absorver todos os custos das empresas que lutam durante a COVID-19", disse o vice-presidente do Facebook, Fidji Simo. "Infelizmente, eles rejeitaram nossos pedidos e receberão apenas 70% de sua suada receita."
A nova função de eventos pagos foi lançada pelo Facebook em resposta à pandemia, que forçou o cancelamento de muitas reuniões presenciais. Com o recurso, usuários podem organizar, promover e cobrar por eventos, desde shows e apresentações de teatro até aulas de ioga. Também está sendo testado o uso para reuniões mais restritas.
A Epic Games pediu a um juiz federal que ordenasse à Apple que parasse com sua "conduta anticompetitiva". O processo diz que a Epic não busca tratamento favorável, mas pede ao tribunal que obrigue a Apple a mudar sua estrutura de taxas para todos os desenvolvedores.
De acordo com a Apple, o Fortnite foi removido depois que "a Epic Games tomou a infeliz decisão de quebrar as regras da App Store, que se aplicam a todos os desenvolvedores e são projetadas para manter a loja segura".