O Pentágono anunciou nesta sexta-feira (14) a criação de uma unidade encarregada de estudar oficialmente objetos voadores não identificados, os óvnis, que focará em detectar possíveis manobras de espionagem realizadas por adversários dos Estados Unidos.
Com a criação da "célula de trabalho sobre fenômenos aéreos não identificados" aprovada em 4 de agosto e que estará sob responsabilidade da Marinha, pretende-se "compreender melhor a natureza e origem" destas aparições, declarou Susan Gough, porta-voz do Departamento de Defesa, em comunicado.
Para o Exército americano, os óvnis não têm nada a ver com possíveis extraterrestres, mas sim com adversários e inimigos dos Estados Unidos muito reais.
Washington mostra-se particularmente preocupado com a capacidade de espionagem da China, através de drones ou outros meios aéreos.
A missão da nova unidade do Pentágono é "detectar, analisar e catalogar estes fenômenos aéreos não identificados que poderiam representar uma ameaça para a segurança nacional", declarou a porta-voz.
O Pentágono "leva muito a sério qualquer incursão de aeronaves não autorizadas em nossos centros de treinamentos ou em nosso espaço aéreo, e revista todos os relatórios", completou.
O Senado dos Estados Unidos se interessou nas atividades do Pentágono nesta área em junho, confirmando assim oficialmente a existência de um grupo de trabalho informal sobre este tema.
A nova unidade formaliza as operações destes soldados e permitirá ao Congresso monitorar mais de perto a atividade.
O Pentágono publicou três vídeos filmados por pilotos da Marinha em final de abril que mostram encontros em voo com o que parecem ser óvnis. Um dos vídeos, em preto e branco, data de novembro de 2004, enquanto os outros dois são de janeiro de 2015.