A China defendeu, nesta quinta-feira (20), a organização de uma mega festa de música eletrônica em um parque aquático lotado em Wuhan, epicentro da COVID-19, após a divulgação viral de imagens do evento na Internet.
A festa no parque aquático "mostra que Wuhan obteve uma vitória estratégica em seu combate à epidemia", considerou Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
Fotos e vídeos da AFP que mostram centenas de pessoas em traje de banho, dançando uns colados nos outros ao ritmo da música eletrônica e sem máscara, foram muito compartilhados nas redes sociais.
As imagens do parque aquático Maya Beach, feitas no fim de semana, geraram espanto e incompreensão de muitos internautas na Europa e Estados Unidos, onde o coronavírus continua fazendo inúmeras vítimas. O vídeo da AFP já acumula mais de 16 milhões de visualizações.
"Vi o vídeo da AFP. Aparentemente os europeus e americanos ficaram muito surpresos ao ver essas imagens", destacou em coletiva de imprensa, afirmando que espera que a mídia estrangeira "informe sobre a situação real" na China.
A China foi o primeiro país a registrar casos de COVID-19 no final de 2019 em Wuhan (centro). No entanto, a epidemia foi contida no país, graças a um confinamento rigoroso, ao uso de máscara generalizado e ao rastreamento de contatos. Não há registro de mortes desde meados de maio.
Wuhan foi isolada do mundo por 76 dias entre janeiro e abril. Mas a grande maioria dos 11 milhões de habitantes fizeram testes em meio a uma campanha de detecção em massa e gradualmente voltaram à vida normal.
Muitos parques aquáticos e piscinas reabriram em toda a China.