Quando o pequeno estado americano de Rhode Island reabriu suas creches em junho, após três meses fechadas pelo coronavírus, poucas infecções foram registradas nos locais, um sucesso relativo atribuído aos seus rígidos protocolos de saúde.
Um total de 666 creches foram reabertas em Rhode Island (nordeste) em 1º de junho, depois que o estado reduziu o surto a um nível relativamente baixo.
Nos dois meses seguintes, apenas 29 registraram um total de 52 casos. Destas, 20 tiveram apenas um caso e cinco tiveram entre dois e cinco, não tendo sido detectada contaminação secundária.
E apenas quatro das 666 creches tinham contaminação "provavelmente" secundária", dizem os autores de um estudo publicado nesta sexta-feira (21) pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Nessas quatro creches, os adultos passam de uma ala para outra, contrariando as diretrizes de separação de grupos.
"É provável que a baixa transmissão de COVID-19 se deva à obediência às instruções das creches", disse Robert Redfield, diretor do CDC, em referência à separação dos grupos, higiene e desinfecção.
Por outro lado, 687 crianças foram colocadas em quarentena após a detecção de casos nas unidades onde eram assistidas, assim como 166 funcionários (a capacidade das creches era de 18.945 crianças, embora número de matrículas seja desconhecido).
A experiência foi favorecida porque o risco de reabertura parece baixo quando o vírus circula pouco na região.
Ainda assim, disse Redfield, apenas metade dos condados do país estão atualmente na zona "verde", de acordo com os critérios federais, ou seja, com uma taxa de teste positiva de menos de 5%.