O ministro alemão das Finanças, o social-democrata Olaf Scholz, disse neste domingo (23) que o fundo de recuperação europeu adotado em julho chegou para ficar, embora a chanceler Angela Merkel o vincule à crise excepcional pela pandemia de COVID-19.
"O fundo de recuperação é um verdadeiro progresso para a Alemanha e para a Europa e por isso não há mais volta", afirmou o ministro e candidato social-democrata à chanceleria nas eleições legislativas do próximo ano.
Em declarações ao grupo de imprensa Funke, Scholz afirmou que as modalidades do plano, que prevê dívidas comuns, "constituem mudanças fundamentais, talvez as maiores produzidas desde a introdução do euro".
"Esses progressos levam inevitavelmente a um debate sobre os recursos comuns da União Europeia, o que é uma condição para que um bloco funcione melhor", disse.
Após negociações demoradas, os 27 chegaram a um acordo histórico em julho sobre um plano de recuperação da UE no valor de 750 bilhões de euros (840 bilhões de dólares), mais da metade sob forma de subsídios diretos.
Este plano foi baseado pela primeira vez em uma dívida comum, princípio que a Alemanha sempre rejeitou antes da pandemia de COVID-19, que devastou as economias de vários países europeus.