O plano de reestruturação da Virgin Atlantic recebeu a aprovação dos credores da companhia aérea britânica, duramente afetada pela crise do transporte aéreo devido à pandemia do novo coronavírus, anunciou a companhia nesta terça-feira (25).
"Hoje a Virgin Atlantic deu um passo importante para proteger seu futuro, ao obter o apoio esmagador" dos credores que validaram o plano quase em 100%, anunciou a empresa em comunicado.
O próximo passo será uma audiência no Supremo Tribunal de Londres em 2 de setembro para aprovar a reestruturação, disse o grupo.
Um dia depois deve ocorrer uma audiência de procedimento nos Estados Unidos para garantir o reconhecimento do plano de reestruturação nesse país.
A companhia aérea chegou a um acordo em julho para obter 1,2 bilhão de libras (1,57 bilhão de dólares, 1,33 bilhão de euros) em fundos privados para evitar a falência.
O bilionário britânico Richard Branson, fundador e acionista majoritário da empresa com 51% do capital, contribuirá com 200 milhões de libras. O outro acionista, a companhia americana Delta Air Lines, proprietária de 49%, também deve participar no resgate.
Em uma audiência judicial em agosto em Londres, o advogado da Virgin Atlantic explicou que a companhia poderia ficar sem fundos até o final de setembro se não fosse aprovado o plano de recapitalização, dado o colapso do tráfego aéreo.
Especializada em voos transatlânticos, a companhia retomou gradualmente seus voos para os Estados Unidos e Ásia desde 20 de julho. Já anunciou a perda de 3.000 empregos e o encerramento de suas atividades no aeroporto de Gatwick, em Londres.
A Virgin Atlantic decidiu recorrer a investidores privados após fracassar em sua tentativa de obter um resgate público no Reino Unido.