Os países membros do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul) concordaram nesta quinta-feira em formar uma comissão para formular propostas para a reabertura de fronteiras na região, restritas pela pandemia do coronavírus.
Os chanceleres dos países membros do Prosul - união formada por Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai - decidiram a formação dessa comissão em reunião virtual.
O grupo terá dez dias para apresentar as medidas para uma futura reabertura das fronteiras, informou Andrés Allamand, chanceler chileno, que detém a presidência pro tempore da entidade.
Criada em 2019, o Prosul busca substituir a quase desaparecida Unasul.
"O Chile vai propor que esta abertura exigirá um passaporte e um PCR negativo (swab), mas é muito importante que os países tenham coordenado e estabelecido mecanismos específicos", disse Allamand à imprensa em Santiago.
Com a América Latina fortemente atingida pelo coronavírus, com mais de 267.000 mortes e quase sete milhões de infecções, a maioria das fronteiras terrestres na América do Sul foram fechadas por meses.
Embora a circulação aérea internacional tenha sido restrita em grande parte da região, países como Brasil e Chile mantêm voos comerciais para o exterior.
A comissão será composta por funcionários dos Ministérios das Relações Exteriores e dos Ministérios do Interior dos países do Prosul responsáveis pela migração.
O tema é particularmente sensível na região depois da onda migratória ocorrida nos últimos seis anos, especialmente da Venezuela, mergulhada em uma crise social e política.
"A evolução da pandemia está mudando, há países que têm avanços, outros que têm retrocessos, será preciso ter um cuidado especial para que a reabertura em hipótese alguma gere efeitos negativos", disse Allamand.
Durante o encontro, também foi decidido acompanhar o andamento dos projetos de vacinas contra o coronavírus em desenvolvimento e a possibilidade de adquiri-las em conjunto, se houver.