Jornal Estado de Minas

Presidente paraguaio pede mais cuidados após agosto difícil na luta contra covid-19

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, fez nesta segunda-feira um apelo aos cidadãos para que sejam extremamente cuidadosos após um agosto difícil na luta contra a pandemia covid-19, que deixou 250 mortos em um mês.

O chefe de Estado disse que "agosto foi um mês complicado em termos de número de infecções e mortes".





Das 308 mortes por covid-19 que o Paraguai registrou desde o aparecimento do vírus em março passado, 250 ocorreram em agosto.

O Paraguai soma um total de 17.105 infecções em uma população de cerca de 7 milhões de pessoas.

Abdo alertou que os hospitais estão com mais demanda do que nunca nesta época do ano, coincidindo com a estação mais fria, mas garantiu que o sistema até agora tem respondido bem à demanda por leitos de terapia intensiva.

O presidente pediu que não baixem a guarda quanto ao uso de máscaras, lavagem das mãos e distanciamento físico como instrumentos de combate à doença.

"É um vírus que descobrimos no dia a dia e o melhor remédio é a conscientização do cidadão e o compromisso de fazer o que sabemos que tem funcionado, mitigar a propagação do vírus e respeitar os protocolos de saúde para que neste mês de setembro seja um mês em que a doença comece a abrandar", enfatizou.

Trabalhadores de saúde se despediram em cerimônia especial nesta segunda-feira de dois médicos que morreram de covid-19 em Ciudad del Este, na fronteira com Brasil e Argentina, nas últimas 24 horas.

Na mesma semana também houve o falecimento de uma enfermeira por causas relacionadas à doença.

Pelo menos 90 profissionais de saúde, incluindo 30 médicos, estão sob confinamento, incluindo positivos e suspeitos, disse a repórteres Hugo Kunzle, diretor de Saúde da região leste do país.

O Paraguai havia contido convenientemente a pandemia até meados de julho, mas desde o final daquele mês um aumento nos casos comunitários foi relatado.

"Estamos em uma fase difícil. Possivelmente as coisas vão piorar ao invés de melhorar. O tempo que passaremos na pior fase dependerá dos cidadãos", disse o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, em declarações aos jornalistas.