Uma missão científica chinesa chegou a Lima nesta quarta-feira(02) trazendo um lote de vacinas contra a COVID-19 que, em fase de testes, será administrada em 6.000 voluntários peruanos a partir da próxima semana, informou o governo.
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Chefe da saúde pública canadense recomenda sexo com máscara e sem beijoBiden visitará Kenosha, no estado crucial de WisconsinEUA: dívida deve superar o PIB do país no ano fiscal de 2021"O embaixador e os chineses estão conosco desde o início, porque somente juntos vamos vencer, juntos também na investigação", disse o ministro Mazzetti a jornalistas no Aeroporto Internacional Jorge Chávez.
Os seis mil voluntários, entre 18 e 75 anos que não contraíram o novo coronavírus, são recrutados pelas universidades Cayetano Heredia e San Marcos, que apoiam pesquisas chinesas no Peru.
Os recrutadores peruanos receberam mais de 9.000 solicitações de voluntários.
A aplicação da vacina do grupo Sinopharm será por injeção intramuscular, no braço.
Segundo os pesquisadores peruanos responsáveis pelos ensaios clínicos, duas cepas do vírus e um placebo serão inoculados aleatoriamente nos voluntários.
Os participantes serão divididos em três grupos de duas mil pessoas. Um receberá a cepa Wuhan, outro a cepa Beijing e o terceiro um placebo, segundo os pesquisadores. Os testes começam em 8 de setembro com um grupo inicial de três mil voluntários.
O reitor da Universidade de San Marcos, Orestes Cachay, disse há uma semana que "a equipe técnica da China é formada por 38 pessoas, que vão implementar a parte operacional" do projeto. Estima-se que a experiência no Peru deve terminar em dezembro.
O presidente peruano, Martín Vizcarra, anunciou em meados de agosto que seu governo estava administrando a participação em ensaios clínicos de laboratórios da China, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha, que estão na fase 3 da vacina (fase em que são testados em humanos).
Com 33 milhões de habitantes, o Peru é o terceiro país da América Latina em mortes pela pandemia, com mais de 29 mil, depois do Brasil e do México. Além disso, é o segundo em infecções, com mais de 657 mil, atrás do gigante sul-americano.
Em relação à população, é o país de maior luto no mundo, com 90,48 mortes por 100 mil habitantes, segundo ranking da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.