A justiça do Equador vai emitir na próxima segunda-feira sua decisão final sobre a condenação do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) a oito anos de prisão por corrupção, após analisar um recurso apresentado pelo político. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (4) por um porta-voz da mais alta corte do país.
Correa, que mora na Bélgica, entrou com um recurso judicial em um último esforço para que a sentença proferida contra ele em abril seja anulada.
Julgado à revelia, Correa, assim como vários de seus ex-colaboradores, é acusado de receber propina de diversas empresas em troca de contratos. A Odebrecht, inclusive, foi citada, mas a Procuradoria se absteve de investigar a construtora brasileira.
O ex-presidente de 57 anos foi vinculado ao caso por 6 mil dólares que entraram em sua conta bancária, valor que ele alega ser um empréstimo de um fundo de seu partido, o Alianza País. Correa afirma ser vítima de perseguição política pelo presidente Lenín Moreno, seu ex-aliado e sucessor.
A candidatura de Correa à vice-presidência nas próximas eleições equatorianas foi suspensa sob a justificativa de que ele não a apresentou pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral, como manda a Constituição.
Se a candidatura do ex-presidente for validada antes da execução da pena, ele gozará de imunidade e poderá, em teoria, voltar a seu país para as eleições.