O presidente americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que ainda não viu provas de que o opositor russo Alexei Navalny foi envenenado, mas ressaltou que não tem motivo para duvidar da Alemanha, que afirma tê-las.
"Não sei exatamente o que aconteceu. Acho trágico, terrível, não deveria acontecer", comentou o presidente americano, durante entrevista coletiva. "Ainda não tivemos nenhuma prova", acrescentou, prometendo que irá analisar o assunto.
Trump indicou ter ouvido que a Alemanha descobriu que Navalny, que se sentiu mal durante um voo na Sibéria no mês passado, foi envenenado com o agente nervoso fatal Novichok. Desde então, a Europa ameaçou impor novas sanções e a Otan pediu uma investigação internacional sobre a suposta tentativa de assassinato do principal opositor do presidente russo, Vladimir Putin.
A Alemanha comunicou os parceiros da Otan e o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, disse que há "provas além de qualquer dúvida" de que Navalny foi envenenado com Novichok.
"Nós mesmos não vimos", ressaltou Trump, referindo-se às provas dos investigadores alemães. "Ficarei muito aborrecido se for este o caso."
Trump não informou que medidas tomará se for convencido de que o oponente político mais poderoso de Putin foi vítima de um plano de assassinato, mas insistiu em que foi "mais duro com a Rússia do que qualquer outra pessoa até agora".
O presidente americano assinalou, no entanto, que considera as negociações sobre armas nucleares com Moscou mais importantes do que qualquer outro assunto.