O Banco Estado de Chile reabriu nesta terça-feira (8) com 30%, um dia após ter fechado todas as suas agências devido a um ataque cibernético que afetou seus 13 milhões de clientes.
O vírus informático atingiu 13.000 computadores desse banco público comercial que é o terceiro mais importante do Chile e forçou o fechamento de suas mais de 400 agências em todo o país. Até esta terça-feira, mais de 160 foram reabertas e a previsão é de que 100% das agências voltem a funcionar até quinta-feira, informou Sebastián Sichel, presidente do banco, à imprensa.
"Até o momento não temos informações sobre roubo de bens ou poupança de qualquer pessoa, o que nos mantêm bastante estáveis. Também não há pedidos de resgate", declarou Sichel, sobre a possibilidade de os hackers terem pedido dinheiro para libertar os computadores invadidos.
Dezenas de pessoas fizeram fila do lado de fora das agências em busca de informações sobre suas contas ou tentando realizar uma transação, apesar do Banco Estado aconselhar seus clientes a utilizarem canais remotos ou digitais que continuaram funcionando apesar do ataque.
As primeiras investigações indicam que os hackers tentaram obter dados valiosos do sistema operacional do banco, mas conseguiram roubar informações que "para o banco não são significativas", explicou Sichel.
"O que pode acontecer hoje é que eles tentem comercializar esses dados", acrescentou.
O Banco Estado tem o maior número de clientes do Chile, com cerca de 13 milhões de clientes, e é o único banco com agência em mais de cem cidades. Possui também cerca de 30 mil "caixas vizinhas" instaladas nas lojas do bairro.
Durante o ano de 2019, a Comissão do Mercado Financeiro do Chile (CMF) relatou o vazamento de informações de mais de 41.000 cartões de crédito de 13 instituições bancárias e comerciais, enquanto um ano antes, dois ataques cibernéticos afetaram quase 69.000 cartões de crédito nacionais e internacionais.