Jornal Estado de Minas

Cratera gigantesca na Rússia gera curiosidade ao redor do mundo



A imagem de uma cratera gigantesca na Rússia tem atiçado a curiosidade de muita gente ao redor do mundo. O flagrante foi registrado na Sibéria, por uma rede de TV Russa. Apesar de incomum em outras regiões do planeta, acreditem, os buracos enormes com até 80 metros de largura são comuns nesta região, ao norte da Rússia. 





A primeira erupção desse tipo foi descoberta em 2014. Até o momento, se tem registro de 17 crateras, a maioria localizada na Península de Yamal. A região abriga também o campo de gás Bovanenkovo, um dos principais fornecedores de gás siberiano para o mundo. E é esse o fator que explica a formação das estranhas erupções, que são provocadas por explosões de gás metano.

A formação geológica contribui para ocorrência do fenômeno. A Península de Yamal fica numa parte gelada do hemisfério norte, sobre o permafrost – camada de terra, gelo e rocha abaixo de outra camada de gelo na superfície. Os riscos dos gases de efeito estufa concentrados no permafrost já vêm sendo estudado pelos cientistas há anos. A formação compõe um cinturão que se estende ao longo do norte da Europa, Rússia, Alasca e Canadá.

O que diz a ciência


Uma explicação dada pela ciência a essas explosões é o acúmulo de gás metano em bolsões de permafrost descongelado sob a superfície. Apesar de o aquecimento global, que provoca o derretimento de gelo dessa crosta que pode liberar gases tóxicos, ser um risco ao permafrost, os cientistas não acreditam que as erupções sejam provocadas pelo aquecimento da terra.

A região onde os buracos estão concentrados fica em um parte praticamente não povoada da Sibéria, então os riscos às pessoas são quase nulo.