A sobrevivência da aliança Air France-KLM, grupo afetado pela pandemia de covid-19, não está assegurada se persistir a atual crise econômica, afirmou o ministro holandês das Finanças, Wopke Hoekstra.
"A sobrevivência não é automática", disse Hoekstra em uma entrevista ao canal público holandês NPO, ao recordar a importância de reduzir custos.
França e Holanda possuem 14% cada do grupo franco-holandês que a companhia aérea Air France forma com a KLM.
O governo francês concedeu 7 bilhões de euros (US$ 8,4 bilhões) de ajuda a Air France sob a forma de empréstimos. A Holanda fez o mesmo com a KLM no valor de 3,4 bilhões de euros (US$ 4,08 bilhões).
As ajudas devem ser acompanhadas por um plano de reestruturação global e melhoras na competitividade da empresa, segundo os termos das ajudas financeiras.
O ministro Wopke Hoekstra explicou que insistiu nas conversas com a empresa na necessidade de "mudar de rumo".
O grupo Air France-KLM sofreu um prejuízo de 2,6 bilhões de euros no segundo trimestre devido ao colapso do tráfego aéreo provocado pela epidemia de coronavírus. Nos três primeiros meses do ano as perdas alcançaram EUR 1,8 bilhão.
A Air France anunciou o corte de 7.580 empregos até o fim de 2022 e a KLM até 5.000 postos de trabalho.