O Senado da Argentina aprovou na quarta-feira à noite a transferência de três juízes responsáveis por processos judiciais contra a vice-presidente Cristina Kirchner para outros tribunais, em uma sessão que teve a abstenção da oposição.
Os juízes Leopoldo Bruglia, Pablo Bertuzzi e Germán Castelli precisavam de uma ratificação do Parlamento para permanecer nos tribunais que ocuparam nos últimos anos na Câmara Federal, mas a votação do Senado decidiu a transferência, o que afasta os magistrados dos processos contra Kirchner.
Os três já avisaram que pretendem recorrer à Corte Suprema de Justiça.
"A pauta de hoje é afastar três juízes que atuam em casos nos quais a vice-presidente está envolvida", criticou o senador da oposição Martín Lousteau antes de deixar a sessão, que aconteceu de maneira remota devido às restrições de saúde provocada pelo coronavírus.
A coalizão de governo de centro-esquerda peronista Frente de Todos tem maioria no Senado.
Kirchner, investigada em nove casos, a maioria por suposta corrupção, foi presidente entre 2007 e 2015 e agora ocupa a vice-presidência no governo de Alberto Fernández.
Cristina Kirchner alega que os processos são parte de uma perseguição política.