Milhares de pessoas protestaram na noite desta sexta-feira(18) em Pireu, perto de Atenas, onde um rapper antifascista foi assassinado há sete anos por um membro do partido neonazista Aurora Dourada, cujo julgamento termina em 7 de outubro.
Pelo menos 3.000 pessoas, segundo a polícia, marcharam pelo bairro onde o militante Pavlos Fyssas, de 34 anos, foi esfaqueado em 18 de setembro de 2013.
Os manifestantes exigiram a prisão de dezenas de acusados do partido Aurora Dourada.
O veredicto do processo, que terá durado cinco anos e meio, será anunciado no dia 7 de outubro contra cerca de 70 integrantes da formação, incluindo dirigentes.
A família da vítima pediu nesta sexta-feira o apoio da população no dia da sentença. "Em 7 de outubro, esperamos que as pessoas saiam às ruas em frente ao Tribunal para gritar que não são inocentes", dizia um comunicado.
Em dezembro, o procurador do caso gerou polêmica ao solicitar a absolvição dos líderes partidários.
Adamantia Economou declarou que não poderia garantir que o líder do partido, Nikos Michaloliakos, e mais de uma dezena de seus membros ordenaram diretamente o assassinato do rapper em 2013.
A morte de Fyssas do lado de fora de um café durante uma emboscada com supostos apoiadores do Aurora Dourada chocou o país.
Os réus podem enfrentar entre cinco e 20 anos de prisão pelo assassinato de 2013 e outras acusações.
Com base em gravações de conversas telefônicas entre militantes do partido na noite dos fatos, os juízes de instrução afirmam que os dirigentes tinham conhecimento do ataque.
Discípulo do ex-ditador grego Georgios Papadopoulos, Nikos Michaloliakos sempre declarou sua inocência.