O ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso exercerá a presidência da aliança Gavi, que atualmente supervisiona o dispositivo da ONU para o acesso mundial à vacina contra a covid-19.
A junta diretiva da Gavi - onde Unicef, OMS, Banco Mundial e a Fundação Bill & Melinda Gates têm cargos permanentes -, aprovou por unanimidade a eleição do ex-primeiro-ministro português (2002-2004).
Durão Barroso presidiu a Comissão Europeia durante uma década (2004-2014) e, depois, trabalhou no banco de investimentos Goldman Sachs.
"O mundo precisa da Gavi agora mais do que nunca. Desta vez, para garantir que as vacinas contra a covid-19 cheguem a todos os países, ricos e pobres, e também para continuar com sua missão principal, que é proteger centenas de milhões de pessoas contra doenças evitáveis", disse Barroso em um comunicado da associação.
De caráter público-privado, a Gavi foi criada em 2000 para ampliar as campanhas de vacinação nos países pobres. Reúne países de baixa renda e governos doadores, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Banco Mundial, fabricantes de vacinas de vários países, institutos técnicos e de pesquisa, membros da sociedade civil, a Fundação Bill & Melinda Gates e outros filantropos privados.
Desde o início da pandemia de coronavírus, a OMS encarregou a associação, com sede em Genebra, de coordenar o dispositivo da ONU para o acesso mundial à vacina contra a covid-19, chamada Covax (Covid-19 Vaccine Global Access - acesso global à vacina contra a covid-19).
O ex-primeiro-ministro português substituirá a nigeriana Ngozi Okonjo Iweala, atualmente candidata à diretoria-executiva da Organização Mundial do Comércio (OMC), cujo mandato como presidente da Gavi acaba em dezembro.
O processo de seleção para o sucessor de Okonjo Iweala começou em outubro de 2019. Mais de 100 pessoas apresentaram sua candidatura à presidência da junta diretiva da Gavi - um cargo não remunerado.