Apesar da afirmação do ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, de que o país "não pode permitir um novo bloqueio", especialistas italianos consideram que novas medidas de lockdown podem ser necessárias diante do salto no número de novos casos da COVID-19. Neste domingo, as autoridades do país reportaram 5.426 novos casos, e 26 novas mortes.
Em entrevista à emissora estatal RAI, o ministro da saúde italiano, Roberto Speranza, afirmou que as novas medidas não devem ser tão restritas quanto aquelas tomadas no início do ano, mas que festas privadas, por exemplo, devem ser proibidas. "Depois de muitas semanas em que relaxamos as malhas da rede, agora somos obrigados a apertá-las", disse ele. A expectativa é de que novas medidas entrem em vigor na terça (13). Um dos países europeus mais afetados pela doença, a Itália tem 354.950 casos e 36.166 mortes desde o início da pandemia.
Também há a expectativa de novas restrições no Reino Unido, em especial no norte da Inglaterra. Em carta publicada neste domingo, o chefe médico do Departamento de Saúde do Reino Unido, Jonathan Van-Tam, afirmou que o país vive um momento "similar ao que vivíamos em março", e que o contágio está chegando a faixas etárias de maior risco. Neste domingo, o país registrou 12.872 novos casos da COVID-19 e 65 novas mortes, elevando os totais a 603.716 e a 42.825.
Van-Tam alertou ainda que neste momento, ao contrário do início do ano, o país está próximo ao inverno, que costuma pressionar o sistema de saúde, e que por isso, o Reino Unido vive uma corrida contra o tempo. A expectativa é de que o primeiro ministro, Boris Johnson, anuncie amanhã um novo sistema de lockdown com três fases. Bares e restaurantes em regiões de forte contágio seriam fechados.
Ainda na Europa, a França registrou 16.101 novos casos da doença entre sábado e hoje, elevando o total a 734.974. Foram 46 novas mortes, e o país registra 32.730 óbitos. Hoje, as cidades de Montpellier e Toulouse se juntaram a Paris e Marselha, e anunciaram situação de alerta máximo para a COVID-19, o que inclui o fechamento de cafés e bares a partir de amanhã (12).
Na Alemanha, de acordo com a emissora pública ARD, as cidades de Stuttgart e Essen ultrapassaram a marca de 50 novos casos por 100 mil habitantes, vista como crítica pelas autoridades. Em Berlim, já está em vigor um toque de recolher à noite graças ao aumento de casos. No total, a Alemanha tem 326.306 casos, e 9.621 mortes.
Nos Estados Unidos, o Estado da Flórida também registrou alta no número de novos casos, com 3.700 confirmações, o maior número desde o início de setembro. Apenas uma morte foi registrada entre ontem e hoje. Ao todo, a Flórida já registrou 734.491 casos da doença, e 15.364 mortes. Nos EUA, hoje, foram mais de 54 mil novos casos.
No Brasil, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL, foram 12.139 casos da COVID-19 deste as 20h de ontem, com 270 novas mortes. Os totais chegaram a 5.093.979 e a 150.506, respectivamente.
Em todo o mundo, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, já foram registrados 37.350.759 casos da COVID-19, e 1.074.768 mortes.