A Comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, pediu aos países-membros da União Europeia (UE), nesta quinta-feira (15), que façam "o que for necessário" para evitar um bloqueio generalizado, em um momento em que a nova pandemia de coronavírus volta a ganhar força e obriga as autoridades a aumentarem as restrições.
"O tempo urge, e todos devem fazer o que for necessário para evitar os devastadores efeitos sociais, econômicos e de saúde de um confinamento generalizado", disse a comissária em uma entrevista coletiva em Bruxelas.
Kyriakides expressou sua "grande preocupação" com o "aumento cada vez mais rápido das taxas de infecção na UE", incluindo um aumento no número de internações, de casos mais graves e de óbitos.
"Devemos todos nos preparar para os próximos passos", continuou ela, apresentando uma proposta da Comissão para coordenar as estratégias de vacinação.
"Não vamos conseguir reverter a tendência da noite para o dia, nem mesmo com uma vacina", insistiu.
A Comissão Europeia assinou seis acordos com laboratórios para reservar centenas de milhões de doses de futuras vacinas.
O Executivo europeu recomenda que os Estados-membros deem prioridade à vacinação de populações vulneráveis: profissionais da área da saúde e de lares para idosos, pessoas acima de 60 anos, pessoas com problemas de saúde e trabalhadores de setores essenciais, entre outros.
Ao ser questionada sobre a data de disponibilidade de uma vacina, Kyriakides preferiu não especular.
"Poderíamos ter uma primeira vacina disponível no início do próximo ano, mas isso depende dos testes e da avaliação da Agência Europeia de Medicamentos, que é crucial para nós", frisou.