A dois dias do aniversário do início dos protestos sociais no Chile, milhares de pessoas se manifestaram nesta sexta-feira na Praça Itália de Santiago, onde grupos menores protagonizaram incidentes com a polícia.
Como de hábito nas tardes de sexta-feira, milhares de pessoas se concentraram nos arredores da praça, epicentro das manifestações que explodiram em 18 de outubro de 2019 após chamados para burlar o pagamento da passagem de metrô por estudantes, que acabaram se tornando um protesto em massa por mudanças sociais.
Música, dança e cânticos se misturaram hoje com barricadas e pedras lançadas por manifestantes contra os poucos policiais que compareceram ao local.
"Até que se sinta que realmente conseguimos alguma coisa. Até que algo mude", disse Fabiola, 26, para explicar os motivos que a levaram à Praça Itália apesar dos chamados para que se evite aglomerações. "Temos um nível de repressão altíssimo e uma injustiça tremenda em relação ao número de feridos, mortos e desaparecidos desde 18 de outubro", acrescentou.
Após algumas horas, a maioria dos manifestantes se retirou pacificamente do local, embora um grupo de encapuzados tenha protagonizado confrontos com a polícia.
A dois dias do primeiro aniversário do que foi catalogado no Chile como uma "explosão social", existe uma preocupação com o que possa acontecer no próximo domingo.