O julgamento de Josu Ternera, ex-chefe da organização separatista basca ETA, programado para esta segunda e terça-feira no Tribunal de Apelação de Paris, foi adiado para 22 e 23 de fevereiro.
Em prisão domiciliar desde 30 de julho, o ex-líder é julgado por "associação de criminosos para fins terroristas" entre 2002 e 2005.
Josu Antonio Urrutikoetxea Bengoetxea, seu verdadeiro nome, foi condenado a cinco anos em primeira instância e sete na apelação, mas como essas penas foram pronunciadas à revelia, ele pediu para ser julgado novamente.
O processo foi adiado porque a Promotoria não contatou várias testemunhas envolvidas no processo de paz de Genebra, no qual também participou Josu Ternera.
Segundo sua defesa, durante o período julgado pelo tribunal, Josu Urrutikoetxe preparava a negociação de paz e por isso seus advogados citaram vários atores dessa época, como o ex-secretário-geral da Interpol, Raymond Kendall ou Jesús Eguiguren, figura importante do partido socialista basco.
Laurent Pasquet-Marinacce, advogado do ex-chefe da ETA declarou à AFP que o processo era uma "farsa".