Os Estados Unidos estenderam sua pressão contra a imprensa chinesa a seis novas organizações, acusadas de serem os órgãos de "propaganda" de Pequim.
A decisão foi condenada pelo regime comunista na quinta-feira (22).
Esta é a terceira vez que os escritórios da mídia chinesa nos Estados Unidos serão considerados "missões estrangeiras", o que significa que devem informar o Departamento de Estado sobre funcionários e imóveis no país.
Seu trabalho jornalístico não será restringido, afirmou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em entrevista coletiva em Washington, na quarta-feira.
"Enquanto a mídia livre em todo mundo tem compromisso apenas com a verdade, a mídia na República Popular da China tem compromisso com o Partido Comunista Chinês", alegou o Departamento de Estado em um comunicado.
Os seis veículos são Yicai Global, Jiefang Daily, Xinmin Evening News, Social Sciences in China Press, Beijing Review e Economic Daily.
Eles se somam a outros nove veículos de mídia mais conhecidos, já classificados como "missões estrangeiras", incluindo a agência de notícias oficial Xinhua e o canal de televisão CGTN.
Pequim "condenou energicamente" a decisão, marcada por uma "mentalidade de Guerra Fria e viés ideológico".
"A China responderá de forma legítima e apropriada", disse um porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian, a repórteres nesta quinta.
No passado, em represália, Pequim expulsou americanos que trabalhavam para vários jornais importantes, incluindo The New York Times, The Washington Post e The Wall Street Journal.