O Senado americano, controlado dos republicanos, confirmou nesta segunda-feira (26) a juíza conservadora indicada pelo presidente Donald Trump à Suprema Corte, uma vitória para o chefe do Executivo a oito dias das eleições nos Estados Unidos.
A Câmara alta do Congresso americano aprovou por 52 votos a 48 a indicação da juíza Amy Coney Barrett, alinhando-se às diretrizes do partido.
Barrett, uma católica fervorosa contrária ao aborto, mudará a configuração do máximo tribunal, que a partir de agora terá seis juízes conservadores entre os nove que o compõe, três deles nomeados pelo presidente republicano.
O Supremo também conta com três juízes progressistas.
A nova juíza preencherá a vaga deixada pela progressista Ruth Bader Ginsburg, falecida em setembro.
A magistrada poderá participar de sua primeira audiência a partir de 2 de novembro, na véspera das eleições presidenciais. Portanto, teoricamente atuará caso se examinem possíveis apelações contra os resultados no pleito.
Nos Estados Unidos, a Suprema Corte delibera sobre temas sociais mais espinhosos, do aborto ao porte de armas, passando pelos direitos das minorias sexuais. Durante a audiência de confirmação, a juíza Barrett tomou o cuidado de não revelar seus pontos de vista sobre estes temas delicados.