Jornal Estado de Minas

Banco Central do Brasil mantém Selic em 2%, seu mínimo histórico

O Banco Central do Brasil (BCB) manteve nesta quarta-feira (28) sua taxa básica de juros em 2%, seu mínimo histórico, na tentativa de reativar uma economia abalada pela crise do coronavírus e apesar da alta da inflação.

A decisão, tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), coincide com a expectativa dos analistas.





"As últimas leituras de inflação foram acima do esperado, e o Comitê elevou sua projeção para os meses restantes de 2020 (...) Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", destacou o organismo em um comunicado.

Em sua reunião de setembro, o BCB manteve a taxa Selic em 2%, interrompendo um ciclo de nove cortes.

Os operadores preveem que a taxa será mantida no nível atual pelo menos até o fim do ano, e estimam que poderia chegar a 2,75% durante 2021.

O índice IPCA-15, de outubro, divulgado pelo IBGE, considerado uma prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,94%, acima do esperado pelos mercados.

É o maior nível para este mês desde 1995 e a maior alta mensal desde dezembro do ano passado.

Na última pesquisa semanal Focus, do BCB, os economistas aumentaram suas previsões de inflação para 2020, de 2,65% a 2,99%, ainda muito abaixo do teto da meta, de 4%, mas acima do piso, de 2,5%.

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