Milhares de palestinos protestaram na Cidade Velha de Jerusalém após a grande oração muçulmana desta sexta-feira (28) contra o presidente francês Emmanuel Macron, que defendeu vigorosamente a liberdade de caricaturar o profeta Maomé.
"Não há deus além de Deus, Macron é o inimigo de Deus" ou "Maomé, sua nação não cederá", gritavam os manifestantes na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islã.
Em seu sermão, o xeque Ekrima Sabri disse que Macron é responsável "por atos de violência e caos na França devido às suas declarações provocativas contra o Islã", referindo-se a vários ataques fatais recentemente perpetrados na França, incluindo o da última quinta-feira em uma basílica em Nice, sul da França.
Após a manifestação na Esplanada das Mesquitas, eclodiram confrontos nos becos da Cidade Velha entre os manifestantes e a polícia israelense, que prendeu três pessoas, segundo seu porta-voz Micky Rosenfeld.
Centenas de palestinos também protestaram na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, onde retratos do presidente francês foram pisoteados e queimados, de acordo com jornalistas da AFP.
O presidente Emmanuel Macron defendeu o direito de fazer caricaturas do Profeta Muhammad após o assassinato de 16 de outubro por um islâmico de um professor francês, que exibiu um desses desenhos em um curso sobre liberdade de expressão.
Desde então, houve manifestações contra Macron e pedidos de boicote aos produtos franceses em vários países de maioria muçulmana.