A legisladora, de origem porto-riquenha, conhecida por suas iniciais, A.O.C., obteve 68,5% dos votos contra 30,8% para seu adversário, o republicano John Cummings, um ex-policial e professor de uma escola católica de 60 anos, que arrecadou mais de 10 milhões de dólares para sua campanha, com 67% dos votos apurados, segundo a imprensa local.
Adorada por jovens progressistas, A.O.C. chegou a Washington DC há dois anos como a representante mais jovem do Congresso, após arrebatar, para surpresa de todos, o assento de um democrata que estava há duas décadas na Câmara baixa.
"Servir o Distrito Congressional 14 e lutar pelas famílias da classe trabalhadora no Congresso tem sido a maior honra, privilégio e responsabilidade da minha vida", tuitou a legisladora.
"Obrigado ao Bronx e ao Queens por me reelegerem para a Câmara, apesar dos milhões gastos para nos derrotar, e por confiarem em mim para representá-los mas uma vez", acrescentou.
Desde que chegou ao Congresso, Ocasio-Cortez virou alvo dos republicanos - inclusive do presidente Donald Trump - que a atacam sem cessar.
Suas aliadas no grupo conhecido como "The Squad", quatro representantes mulheres, progressistas como ela, também parecem ter a reeleição garantida.
A imprensa local dava como certa a vitória de Ilhan Omar em Minnesota e de Ayanna Pressley em Massachusetts, enquanto em Michigan, Rashida Tlaib estava à frente de seu adversário republicano por uma grande margem.
"Nossa irmandade é resiliente", tuitou Omar ao lado de fotos das quatro mulheres, para celebrar o triunfo.
Pressley disse que sua vitória se deve à "humanidade compartilhada". "Nós nos organizamos. Nós nos mobilizamos. Legislamos com base em nossos valores. Acredito no nosso poder. E estamos apenas começando", disse.
Estimulados por A.O.C., alguns democratas da ala à esquerda do partido venceram as legislativas em Nova York, incluindo o vereador Ritchie Torres, criado no Bronx, que será o primeiro congressista afro-latino abertamente homossexual.
A ele se unirá no Congresso Jamaal Bowman, de 44 anos, um diretor de escola negro que no verão no hemisfério norte venceu nas primárias Eliot Engel, um adversário de 73 anos que estava há 16 mandatos em Washington DC e contava com o apoio da elite democrata de centro, incluindo Nancy Pelosi e a ex-presidenciável Hillary Clinton.
A vitória também está praticamente garantida para Mondaire Jones, negro e gay, de 33 anos, que venceu as primárias em um distrito de imensa maioria branca.
Sob a proteção dos candidatos democratas à Presidência Bernie Sanders e Elizabeth Warren, estes jovens políticos querem sacudir o partido e conduzi-lo mais à esquerda.
Nova York, um reduto democrata com 29 votos no Colégio Eleitoral, votou em peso em Joe Biden para presidente, apesar do presidente Donald Trump ter nascido na Big Apple e trabalhado toda a sua vida na região como investidor imobiliário.