Estado a estado, Donald Trump e Joe Biden travam árdua batalha pelas 538 cadeiras do colégio eleitoral. No Estados Unidos, o sistema da eleição presidencial determina 'pesos' às unidades da federação, que têm direito a determinado número de vagas no comitê responsável por escolher, de fato, o chefe do Executivo nacional. Quem vence em determinado estado, leva todos os seus delegados. Há, porém, as localidades que dividem seus representantes de forma proporcional, conforme os índices de voto popular.
As chance de Biden, democrata, e Trump, republicano, conquistarem cada, 269 delegados, não são das mais altas. Mesmo assim, pode acontecer. O Congresso entra em cena para resolver a questão, mas a fórmula é ligeiramente complexa.
Os Estados Unidos têm 50 estados, que dividem os 435 assentos da Câmara dos Deputados. Se couber aos parlamentares dar os rumos à eleição presidencial, eles não votarão individualmente. Cada unidade da federação tem direito a uma manifestação — portanto, as bancadas estaduais devem entrar em consenso. Assim, localidades dominadas por democratas tendem a referendar Biden, enquanto áreas de maioria republicana escolheriam Trump.
Na eleição legislativa, os democratas mantiveram o domínio do Parlamento. Estimativa da agência noticiosa Associated Press dá, até agora, 189 cadeiras ao partido de Biden. A sigla de Trump, por outro lado, já conquistou 181.
Contudo, para saber os partidos responsáveis por ter a maioria dos congressistas de cada estado, será preciso aguardar a totalização dos votos, visto que a apuração segue ritmo diferenciado conforme as regiões do país. Nevada, por exemplo, paralisou a divulgação da contagem por cerca de 24 horas.
Se a votação indireta para presidente terminar com placar de 25 a 25, novos pleitos são realizados pelos deputados até que haja desempate. Se o imbróglio persistir até a posse, o vice assume interinamente. A Constituição dos Estados Unidos determina a participação, na eleição indireta, dos três postulantes mais votados pela população. Isso, na prática, nada significa, visto que o Congresso Nacional é controlado pelos dois partidos majoritários.
Estado mais populoso, a Califórnia tem 55 cadeiras no colégio eleitoral. Outro local famoso, a Flórida tem 29. Regiões menores têm menos representação: o vencedor no Alasca, por exemplo, fatura apenas três delegados. O colégio eleitoral tem grande importância na eleição estadunidense.
Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton, do Partido Democrata, venceu Trump no voto popular. O republicano, contudo, triunfou em estados representativos, como a Flórida, e acabou levando a melhor.
O Maine é um dos estados que divide suas cadeiras no colégio eleitoral conforme o desempenho dos candidatos nas urnas. A tendência é que Joe Biden vença por lá, mas não conquistou as quatro vagas locais. Se a apuração mantiver o ritmo atual, o triunfo dará a ele três delegados; Trump ficará com o outro. O Nebraska é outro estado a adotar a modalidade proporcional de delegados.
Se engana quem pensa que a eleição estadunidense é composta apenas por republicanos e democratas. Diversos partidos lançaram candidatos ao legislativo e, também, à presidência. O rapper Kanye West foi um deles. A pouca representatividade de candidaturas que fogem dos dois maiores partidos, porém, inviabiliza o êxito de nomes não-republicanos ou não-democratas.
O Partido Libertário tem Jo Jorgensen, enquanto o Partido da Solidariedade tem o professor aposentado Brian Carroll, por exemplo.
Há candidaturas que fogem drasticamente da linha política historicamente adotada pelos Estados Unidos. Gloria La Riva, que representa a extrema-esquerda pelo Partido pelo Socialismo e Libertação, defende o fim do capitalismo — e a vigência de um regime socialista —, além do fim da intervenção ianque na vida pública de países como a Venezuela.
Acompanhe a apuração nos EUA
As chance de Biden, democrata, e Trump, republicano, conquistarem cada, 269 delegados, não são das mais altas. Mesmo assim, pode acontecer. O Congresso entra em cena para resolver a questão, mas a fórmula é ligeiramente complexa.
Os Estados Unidos têm 50 estados, que dividem os 435 assentos da Câmara dos Deputados. Se couber aos parlamentares dar os rumos à eleição presidencial, eles não votarão individualmente. Cada unidade da federação tem direito a uma manifestação — portanto, as bancadas estaduais devem entrar em consenso. Assim, localidades dominadas por democratas tendem a referendar Biden, enquanto áreas de maioria republicana escolheriam Trump.
Na eleição legislativa, os democratas mantiveram o domínio do Parlamento. Estimativa da agência noticiosa Associated Press dá, até agora, 189 cadeiras ao partido de Biden. A sigla de Trump, por outro lado, já conquistou 181.
Contudo, para saber os partidos responsáveis por ter a maioria dos congressistas de cada estado, será preciso aguardar a totalização dos votos, visto que a apuração segue ritmo diferenciado conforme as regiões do país. Nevada, por exemplo, paralisou a divulgação da contagem por cerca de 24 horas.
Eleição 'dividida'
O vice-presidente, por outro lado, seria escolhido pelos 100 senadores. Nesse caso, os votos são individuais, bastando maioria simples para a vitória. Participariam do pleito os dois vice-candidatos mais votados na eleição 'tradicional'.Se a votação indireta para presidente terminar com placar de 25 a 25, novos pleitos são realizados pelos deputados até que haja desempate. Se o imbróglio persistir até a posse, o vice assume interinamente. A Constituição dos Estados Unidos determina a participação, na eleição indireta, dos três postulantes mais votados pela população. Isso, na prática, nada significa, visto que o Congresso Nacional é controlado pelos dois partidos majoritários.
O colégio eleitoral
Estado mais populoso, a Califórnia tem 55 cadeiras no colégio eleitoral. Outro local famoso, a Flórida tem 29. Regiões menores têm menos representação: o vencedor no Alasca, por exemplo, fatura apenas três delegados. O colégio eleitoral tem grande importância na eleição estadunidense.
Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton, do Partido Democrata, venceu Trump no voto popular. O republicano, contudo, triunfou em estados representativos, como a Flórida, e acabou levando a melhor.
O Maine é um dos estados que divide suas cadeiras no colégio eleitoral conforme o desempenho dos candidatos nas urnas. A tendência é que Joe Biden vença por lá, mas não conquistou as quatro vagas locais. Se a apuração mantiver o ritmo atual, o triunfo dará a ele três delegados; Trump ficará com o outro. O Nebraska é outro estado a adotar a modalidade proporcional de delegados.
Independentes têm desempenho irrisório
Se engana quem pensa que a eleição estadunidense é composta apenas por republicanos e democratas. Diversos partidos lançaram candidatos ao legislativo e, também, à presidência. O rapper Kanye West foi um deles. A pouca representatividade de candidaturas que fogem dos dois maiores partidos, porém, inviabiliza o êxito de nomes não-republicanos ou não-democratas.
O Partido Libertário tem Jo Jorgensen, enquanto o Partido da Solidariedade tem o professor aposentado Brian Carroll, por exemplo.
Há candidaturas que fogem drasticamente da linha política historicamente adotada pelos Estados Unidos. Gloria La Riva, que representa a extrema-esquerda pelo Partido pelo Socialismo e Libertação, defende o fim do capitalismo — e a vigência de um regime socialista —, além do fim da intervenção ianque na vida pública de países como a Venezuela.
Acompanhe a apuração nos EUA
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