Várias candidatas derrubaram barreiras nesta terça-feira durante as eleições nos Estados Unidos, como aconteceu no Novo México, que se tornou o primeiro estado a eleger apenas mulheres não brancas à Câmara dos Representantes.
O grupo de legisladoras é formado pela deputada Deb Haaland, uma democrata que em 2018 se tornou uma das primeiras mulheres indígenas dos EUA a ser eleita para o Congresso; sua companheira de partido Teresa Leger Fernandez, que é latina, e a republicana Yvette Herrell, também de origem indígena.
Em Wyoming, a republicana Cynthia Lummis ganhou a primeira cadeira no Senado para uma mulher de um estado do oeste.
A disputa em Wyoming já era histórica, pois todas as candidatas de ambos os partidos às câmaras de Washington eram mulheres. Entre elas estava Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente republicano Dick Cheney, que conquistou seu terceiro mandato na Câmara baixa.
No Missouri, Cori Bush se tornou a primeira mulher negra eleita para representar o estado no Congresso.
Também desbravaram novos caminhos as candidatas de Delaware e Vermont que se tornaram as primeiras legisladoras abertamente trans em seus estados.
Sarah McBride, de 30 anos, se tornou a primeira senadora transgênero de Delaware, eleita com 86% dos votos no primeiro distrito para o Senado estadual. A nova parlamentar também será a primeira senadora estadual abertamente trans em nível nacional, e a autoridade transgênero mais alta dos Estados Unidos.
"Conseguimos. Vencemos as eleições gerais. Obrigada, obrigada, obrigada", escreveu ela em sua conta no Twitter na terça-feira. "Espero que esta noite mostre a um jovem LGBTQ que nossa democracia é grande o suficiente para ele também", declarou.
Em Vermont, Taylor Small, 26, foi eleita a primeira representante transgênera do estado, ao obter 43% e 41% dos votos em seus dois distritos.
As vitórias das duas chegam poucos anos depois de a democrata Danica Roem se tornar a primeira parlamentar abertamente trans do país. Roem foi eleita para a Câmara dos Delegados da Virgínia em 2017.