O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) questionou as vitórias do candidato democrata Joe Biden nos estados de Michigan e Wisconsin nas eleições dos Estados Unidos.
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Isso porque Michigan (16 delegados) e Wisconsin (10 delegados) são considerados estados-pêndulo nas eleições dos EUA. A votação foi apertada nas duas províncias, mas terminou com vitória apertada de Joe Biden.
Conforme a alegação de Bernardo Küster, reproduzida por Eduardo Bolsonaro, o candidato democrata ganhou 138 mil votos em Michigan “do nada”.
"Biden, que vinha perdendo sem chances de superar Trump em Michigan e Wisconsin, teve um salto vertical na contagem de votos. Os dois governadores (desses estados) são democratas", afirmou Bernardo Küster.
O deputado federal, então, reproduziu as alegações do jornalista e escreveu o adjetivo “estranho” para se referir ao triunfo de Joe Biden em Michigan e Wisconsin.
Os dois estados registraram vitória republicana no pleito de 2016. Além de Wisconsin e Michigan, Biden conseguiu vencer no estado do Arizona, onde Hillary Clinton também perdeu para Trump na eleição anterior.
Trump também contesta
O atual presidente dos EUA, Donald Trump, também contestou nas redes sociais os resultados de Michigan e Wisconsin. De acordo com ele, cédulas foram rejeitadas “secretamente” neste primeiro estado.
Trump também questionou a não eleição do republicano John James para o senado em Michigan.
“Parece que Michigan encontrou agora as células necessárias para manter o talentoso e jovem homem, John James, fora do Senado. Que coisa terrível está acontecendo", escreveu o presidente.
Além de Wisconsin e Michigan, Trump afirmou nesta quarta que a apuração "está encontrando votos em todos os lugares" da Pensilvânia, outro estado-pêndulo das eleições.
Ainda assim, ele declarou vitória nesse estado no Twitter. Contudo, a rede social alertou para conteúdo falso na postagem do presidente.
A explicação
De acordo com especialistas, o crescimento de Joe Biden em estados como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia passa pela apuração dos votos feitos pelos correios.
Esse modelo, que sempre foi usado nas eleições dos EUA, foi a alternativa encontrada por muitos para evitar aglomerações no país que é o epicentro da pandemia da COVID-19.
Acontece que a maioria desses votos são democratas, já que boa parte dos eleitores de Donald Trump, assim como o atual presidente, negam os impactos do novo coronavírus.
Ou seja, os votos levantados nas primeiras horas de apuração foram aqueles feitos no modelo presencial, preferido pelos republicanos.
Com o passar das horas, e a apuração dos votos por correio, Joe Biden cresceu em muitos estados. E pode levar até mesmo a Geórgia, outro reduto republicano nas últimas seis eleições.