"Estou honrado e profundamente agradecido pela confiança que o povo americano depositou em mim e na vice-presidente eleita Kamala Harris", afirmou o presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden, por nota, minutos depois de a BBC e outros veículos de imprensa projetarem a vitória do democrata na disputa com o atual presidente, o republicano Donald Trump.
Embora a contagem nas urnas ainda não tenha acabado, Biden teria liderança suficiente na Pensilvânia para garantir a ele um total de pelo menos 273 votos no Colégio Eleitoral - o mínimo que um candidato precisa para se eleger é 270."Diante de obstáculos sem precedentes, um número recorde de americanos votou. Provando mais uma vez que a democracia bate fundo no coração da América", afirmou Biden no comunicado.
A expectativa é que cerca de 160 milhões de americanos tenham votado, um total de 67% do eleitorado, a maior participação em 120 anos, de acordo com as estimativas.
Mesmo sem ter 100% das urnas apuradas, Biden já é o presidente mais votado da história do país, com ao menos 74,5 milhões de cédulas com seu nome. Assim, ele supera a marca de Barack Obama, de quem foi vice, escolhido por mais de 69 milhões em 2012.
"Com o fim da campanha, é hora de colocar a raiva e a retórica dura para trás e nos unirmos como uma nação", disse Biden, repetindo a mensagem que deu nos últimos dias, quando os americanos mergulharam em tensão pela demora na apuração e pelas afirmações sem provas de Trump de que a eleição havia sido um processo fraudulento do qual ele era o real vencedor.
O republicano ainda tenta uma grande ofensiva judicial para alterar os resultados, mas suas investidas encontraram negativas em diversos Estados nos últimos dias, como Michigan, Arizona e Pensilvânia.
De acordo com a imprensa americana, a equipe de advogados de Trump está consciente de que os processos têm muito pouca chance de prosperar, mas a campanha pretende seguir adiante até para enviar uma mensagem ao público que votou no republicano.
Estados como Wisconsin e Geórgia deve ter recontagem, mas no primeiro caso a chance de mudança de resultado é considerada remota, já que Biden vence por mais de 20 mil votos. E na Geórgia, em que Biden também aparece na liderança, uma mudança de posição não alteraria o status da disputa e Biden ainda seria o presidente eleito.
"É hora de a América se unir. E se curar. Somos os Estados Unidos da América. E não há nada que não possamos fazer, se fizermos juntos", concluiu Biden no pronunciamento. O resultado sai no mesmo momento em que os americanos têm registrado novos recordes diários de casos de coronavírus. Nesta sexta-feira, novos diagnósticos superaram 121 mil casos.
Biden agora deverá ser confirmado pelo colégio eleitoral em dezembro e, se nada mudar por conta dos processos judiciais, assumirá a Casa Branca em janeiro de 2021.
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