Jornal Estado de Minas

Lágrimas de alegria em Nova York, que diz "adiós" a Trump

Chorando de emoção, com gritos de alegria, panelas e buzinas, os nova-iorquinos comemoraram neste sábado a derrota de Donald Trump neste reduto democrata que nunca considerou o ex-magnata do mercado imobiliário um filho pródigo.

Segundos após o anúncio, milhares se aglomeraram em frente à Trump Tower, no coração de Manhattan, na Times Square, no Columbus Circle ou no Grand Army Plaza no Brooklyn para celebrar a vitória de Joe Biden.





Milhares se aglomeraram em frente à Trump Tower, no coração de Manhattan, ou na Times Square, no Columbus Circle e na Grand Army Plaza, no Brooklyn, para celebrar a vitória de Joe Biden. Os presentes gritavam para Trump "você está denmitido!", em alusão a os dias em que o bilionário apresentava o reality show "O Aprendiz".

"Estou maravilhado de alegria. Todas as manhãs sentamos aqui para tomar café e criticamos Trump, é assim que tem sido por quatro anos. Conhecemos Trump bem de seus anos em Nova York, e ele é um sociopata narcisista. Nós o odiamos desde que assumiu o cargo", disse à AFP Bernie Jacobs, um professor aposentado de 84 anos, enquanto comia bagels e bebia café com seus amigos.

Na Quinta Avenida, em frente ao triplex de Trump, bonés de beisebol vermelhos que diziam "ADIÓS" (adeus em espanhol) eram vendidos por 15 dólares, e os carros marchavam em uma marcha triunfante buzinando e agitando bandeiras americanas, alguns com a música "We are the champions" de Freddie Mercury em volume máximo.





"Precisamos cicatrizar e esta é nossa oportunidade de fazer isso. Tiraram um peso dos nossos ombros", disse o prefeito Bill de Blasio a jornalistas no Brooklyn, onde milhares de pessoas comemoravam.

"Mude tudo. Mude o que for possível", disse o prefeito, que agora espera obter ajuda financeira do governo para a cidade, atolada em uma grave crise econômica devido à pandemia do coronavírus.

"Este é um dia histórico", concordou o governador Andrew Cuomo em um comunicado. "Depois da escuridão, da divisão e do ódio dos últimos quatro anos, a América falou e rejeitou mais do mesmo".

- Precisamos nos unir -

Na Quinta Avenida, em frente ao triplex de Trump, bonés de beisebol vermelhos que diziam "ADIÓS" (adeus em espanhol) eram vendidos por 15 dólares, e os carros faziam uma marcha triunfante buzinando e agitando bandeiras americanas, alguns com a música "We are the champions" de Freddie Mercury em volume máximo.

"É incrível que tiramos aquele lunático da Casa Branca. Isso separou o país terrivelmente. Precisamos nos unir novamente. Mas para Biden não será fácil, será difícil", disse Eve Grub, 73, que aplaudiu com cada buzina do carros em Midtown Manhattan.





Catherine Griffin, 47, chorava de alegria com um de seus dois filhos. "Estou feliz por Trump ter deixado nossas vidas, espero que para sempre", disse.

"Que haja um pouco de normalidade em nossas vidas, e que meus filhos possam ver um ser humano decente no comando novamente, isso me deixa feliz".

"Biden finalmente ganhou!, Exclamou J.D. Beebe, 35 anos, que batia palmas furiosamente enquanto descia a Segunda Avenida.

"Fico feliz por não ter que me preocupar todos os dias com o quão ridículo vai sair da boca de nossa liderança", disse.

Um vídeo nas redes sociais mostra o cineasta Spike Lee abrindo uma garrafa de champanhe em frente à sua casa no Brooklyn, e outro mostra como as pessoas aplaudiram um carteiro americano. Trump, que, sem provas, considera a votação por correspondência fraudulenta, retirou o financiamento dos Correios antes da eleição.





Kendall Pron, 56 anos, chorou de alívio ao saber da derrota. "Explodi de alegria, alívio, felicidade. Finalmente, depois de um longo, longo período, a justiça foi feita", desabafou. Trump "deu as costas a Nova York e agora é tudo sobre a Flórida. Eu ficaria feliz se ele nunca mais voltasse", completou.

"Nunca vi tanta felicidade em uma cidade, está super bonita", disse Hiram González na Quinta Avenida.

"Trump é um fascista, um racista, um homófobo, um islamófobo. Tudo o que ele representa é contra mim e contra meus valores e contra a forma como fui criado", disse este filho de imigrantes mexicanos.

"Sinto-me muito otimista, inspirado. Tenho 23 anos, estou pronto para o futuro", afirmou. "Temos que seguir em frente como nação".

audima